Os Soberanos da Morte: Val’Karth e Azur-Hem, os Senhores de Nekrolost
O guerreiro que nunca desejou reinar e o mago que nunca quis destruir
“A cidade não caiu por maldade… caiu porque duas almas foram quebradas no momento errado.”
Ao anoitecer entre as torres cinzentas de Nekrolost, um silêncio pesado toma a antiga Neron.
Mas esse silêncio tem dois donos — dois mortos-vivos que moldam o destino da maior necrópole de Etril:
- Val’Karth, o Vampiro Ancião
- Azur-Hem, o Lich Arcanista
Suas forças se chocam nas ruas escuras e nos corredores subterrâneos desde o dia da queda da cidade.
Mas poucos conhecem o que eles foram… e o que realmente querem.
Val’Karth, o Guerreiro que Buscava Paz e Ganhou Eternidade
Antes de se tornar um vampiro ancião, Val’Karth era um veterano de cem batalhas, conhecido nas fronteiras de Etril como o “Escudo Vermelho”.
Quando finalmente desistiu das guerras, marchou sozinho para Neron, então um refúgio de neutralidade e cultura, buscando apenas descansar o peso das espadas.
Mas no dia em que chegou, o ritual da queda ocorreu.
Preso no coração da cidade, Val’Karth não morreu, mas foi consumido pela fome eterna.
Transformado involuntariamente, ele passou séculos lutando contra seus próprios instintos… até finalmente aceitar sua nova natureza e erguer um domínio próprio.
Hoje, ele governa a superfície de Nekrolost com mão firme, cercado por:
- meio-vampiros recém-transformados,
- súditos que ele mesmo criou em sua dor,
- arcanistas servos que buscam sobreviver sob seu comando.
Apesar da crueldade comum à sua espécie, Val’Karth mantém resquícios de honra.
Há relatos de que o vampiro evita transformar inocentes, prefere tomar apenas aqueles que ele julga fortes, dignos ou perigosos.
Seus seguidores o veem como um general, não um monstro.
Seu maior desejo?
Libertar-se da manipulação que o amarrou ao destino de Nekrolost.
E destruir quem realmente causou a queda da cidade.
Azur-Hem, o Lich arcanista Que Nunca Pretendeu Trazer a Morte
Muito antes de se tornar um Lich, Azur-Hem era o Arquimago da Torre de Neron, responsável por proteger a cidade com magia ancestral.
Buscando extensão de vida para continuar seu trabalho, ele estudou rituais proibidos de transição arcana um processo de imortalidade sem maldade, ao menos em sua intenção inicial.
Mas seu ritual foi corrompido por forças sombrias externas.
No exato momento em que o feitiço tomou forma, algo rompeu o Véu, desviou o fluxo da alma e transformou Neron inteira em um único círculo de necromancia.
Azur-Hem não ascendeu, Ele caiu.
E arrastou toda a cidade consigo.
Desde então, ele vive atormentado pela culpa e pela consciência de que sua própria transformação foi usada como porta para algo que ainda tenta entrar em Etril.
Hoje, ele domina as profundezas de Nekrolost:
- câmaras de ossos,
- bibliotecas de sombras,
- sentinelas espectrais,
- vultos que obedecem sem voz.
Seu objetivo?
Refazer o ritual e desta vez, consertar o que destruiu.
Mesmo que, para isso, precise transformar toda Etril em um laboratório de almas.
Dois monstros, duas tragédias, um conflito sem vencedor
Val’Karth e Azur-Hem não são apenas inimigos.
Eles são duas vítimas do mesmo evento, moldadas de maneiras diferentes:
- Val’Karth viu sua humanidade devorada.
- Azur-Hem viu sua culpa assumir forma eterna.
Suas guerras por território não são apenas disputas de poder — são tentativas opostas de controlar o desastre que ainda paira sobre Nekrolost:
- o vampiro tenta conter o avanço de horrores piores,
- o lich tenta entender como impedir que eles retornem.
Ambos sabem que algo além deles manipula a cidade desde o dia da queda.
Algo que não tem nome.
Algo que quer entrar.
Outros Mortos-Vivos Inteligentes
Nekrolost não é governada apenas por vampiros e espectros lichistas.
Diversos mortos-vivos inteligentes vagam pela cidade, mantendo pequenos territórios independentes:
- Cavaleiros Espectrais que ainda defendem muralhas que já não existem.
- Múmias aristocráticas que preservam antigas mansões como memória.
- Sombras autoconscientes que negociam segredos em troca de frio e escuridão.
- Aparições e ghouls pensantes, especialmente perigosos, que seguem sua própria agenda.
Nenhum deles se submete completamente ao vampiro ou ao lich…
mas todos observam, esperando qual deles cairá primeiro.
Nekrolost não permanece em silêncio.
Ela observa.
Ela chama.
E agora, ela quer testemunhas.
As forças do Vampiro e do Lich estão à beira do colapso, e qualquer intervenção — até mesmo a mais simples, a mais ingênua — pode desequilibrar séculos de tensão.
A quem você dará sua espada, sua magia, seu risco?
- Ao Vampiro Val’Karth, o guerreiro condenado que tenta impedir que forças piores escapem da cidade?
- Ao Lich Azur-Hem, o arcanista que deseja reparar seu próprio erro, mesmo que isso custe o futuro de Etril?
- Ou ao terceiro poder oculto, que manipula ambos desde o ritual da queda e agora começa a despertar?
“Em Nekrolost, até ficar neutro é escolher um lado.”
Se gostou do nosso Vampiro e Lich veja mais sobre Nekrolost na matéria anterior, Nekrolost, a Cidade dos Mortos